Por Mariana Zani
61 anos
Falar de Luiz Carlos Batista como pai, é redundante afinal sou a filha, não é justo. Mas posso falar com facilidade da história artística deste que para mim é um dos grandes que andava com extrema facilidade por todas as áreas das artes.
Luiz Carlos Batista, pintava, desenhava, escrevia peças de teatro, poemas, dirigia, atuava e dançava!
Não havia limites para sua capacidade de criar.
Não havia limites para sua capacidade de criar.
Nos tempos de criança com seu irmão Carlos Batista
Quando nasci ele já estava na ativa há um bom tempo, e cresci assistindo L.C.B passando as madrugadas escrevendo e as tardes de domingo desenhando.
Começou no teatro atuando em todas as frentes, era mil e uma utilidades um artista nato.
Comigo no colo, o melhor pai do mundo
Com seu irmão e diretor teatral, Carlos Batista, escreveu e montou diversas peças como "Até amanhã Tudo bem" e "Prometheu é fogo" que são encenadas com muito sucesso até hoje na companhia teatral "Grupo Ato", formado por Calos e Elisabete Benetti, sua esposa, atriz e produtora (www.grupoato.com.br).
Folder da peça "Até amanhã tudo bem"
Sempre foi um cara frente ao seu tempo, contemporâneo mas sem nunca esquecer as raízes e a história.
Em seus documentos encontrei uma licença de permissão (da época da ditadura) para que uma de suas peças pudesse ser encenada, ele conseguiu passar por cima do sistema e criar textos, situações e outras vontades em uma época que falar o que se pensa era quase impossível, afinal filho de peixe peixinho é.
Meu avô, Miguel Batista politico respeitado foi Militante do PCdoB, perseguido e preso pela ditadura militar, nunca mudou de lado e nunca abandonou as convicções e as causas que abraçou e não tinha como seu filho ser diferente, a garra era a mesma.
Numa performance fotográfica
Quando a RZP surgiu em 2001 não estava nos nossos planos incialmente de chamá-lo para trabalhar comigo, Joel Caetano e Danilo Baia... afinal não sabíamos onde aquilo ia dar... até que Joel escreveu "Minha Esposa é um Zumbi" em 2006 e Luiz Carlos Batista não ia escapar de fazer um personagem neste curta metragem junto com minha mãe, sua esposa e companheira de muitas cenas em palcos paulistanos (onde se conheceram) Ivete Zani Batista.
Como DR. Marvin em "Minha Esposa é um Zumbi" de 2006
Depois do sucesso na parceria do grupo não havia roteiro que não tivesse um personagem para Luiz Carlos Batista que demonstrou todo seu talento de ator, num projeto que no começo, ainda era amador.
Em "GATO" além de atuar, ajudava em várias funções
Vieram "Junho Sangrento" (2007), "O Assassinato da Mulher Mental" (2008) e "GATO" (2009), último filme que Luiz Carlos Batista fez com a RZP e que ele pode acompanhar o sucesso, repercussão e as premiações.
No filme ele interpretou o personagem titulo e se não fosse pela voz e os olhos azuis nem seus amigos o reconheceriam graças ao figurino felino. Sua interpretação precisa e irônica, deu ao filme um enorme credibilidade, e isso transpareceu nas telas, pois "GATO" se tornou o filme mais bem sucedido da RZP!
RZP reunida com equipe da Band em entrevista
Luiz Carlos Batista completaria no dia 20 de março de 2013, 61 anos e o filme "GATO" faz aniversário de 5 anos e é um filme vivo, ainda exibido em festivais, mostras e salas de aula, um filme que percorreu o Brasil e o mundo e que agora em homenagem a estes dois aniversários irá ganhar o mundo virtual no YouTube!
Parabéns Luiz Carlos Batista, Parabéns GATO! Vivos sempre!
Sua filha Mariana Zani Batista Caetano
Cena do filme GATO
Como Sem Rosto em "O assassinato da Mulher Mental" de 2008
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