terça-feira, 13 de julho de 2010

MATÉRIA SOBRE O FILME "A NOITE DO CHUPACABRAS" NO GAZETA DE VITÓRIA COM DIREITO A TEASER DO FILME

O filme, "A noite do Chupacabras" do diretor Rodrigo Aragão teve uma matéria publicada no jornal "Gazeta de Vitória".

O filme conta a história de uma sangrenta briga entre duas famílias depois que animais são encontrados mortos, nem é preciso dizer quem é o responsável por essas mortes não é!

Além de todo elenco da Fábulas Negras, o filme ainda conta com o Catarinense Peter Baierstorf, o Porto Alegrense Gristian Verardi e o diretor e ator da RZP Joel Caetano!

Vejam a matéria na íntegra e o tease no final!


Casa do terror

09/07/2010 - 00h00 (Outros - A Gazeta)
Katilaine Chagas
kchagas@redegazeta.com.br

"Se 'Mangue Negro' foi segundo grau, isso aqui que estamos fazendo é faculdade." Esta frase proferida pelo hoje cultuado (principalmente pelo público fã do gênero terror) diretor Rodrigo Aragão talvez seja das mais apropriadas para definir o clima ao mesmo tempo de aprendizagem e amadurecimento nas gravações de seu segundo longa, "A Noite do Chupa Cabras", cuja segunda etapa foi encerrada no início desta semana, em Jabuti, na zona rural de Guarapari.

'A Noite do Chupa Cabras' está sendo um salto em relação ao Mangue", garante Rodrigo, ao comparar o novo trabalho com o anterior, que o colocou de vez no mapa do cinema de horror. Além de contar com o dobro do orçamento, R$ 100 mil, do filme anterior, houve um aumento na equipe. Antes o diretor trabalhava com, no máximo, sete pessoas. "A Noite do Chupa Cabras" conta com uma equipe de 25 integrantes, que, como o próprio diretor afirma, "está aprendendo (cinema) fazendo o filme".

Se em "Mangue Negro" eram os zumbis que brilhavam, desta vez quem comanda o banho de sangue é o chupa- cabras. Na nova obra, duas famílias passam a culpar uma a outra pela morte de animais de suas propriedades e iniciam então uma guerra. Não é preciso ir muito longe para identificar o verdadeiro culpado dessa história.

Rodrigo Aragão, que também assina roteiro e efeitos especiais, pensou os dois longas ("Mangue" e "Chupa Cabras") como partes de uma trilogia. Se no primeiro trabalho o cenário foi o mangue e no segundo as montanhas, o epílogo será no litoral. Ambientes que remetem à diversidade geográfica do Espírito Santo. A produção da última parte da trilogia está prevista para 2012.

Mesmo com o sucesso alcançado em outros Estados e países, Rodrigo não pretende sair do Estado. "O Espírito Santo é o melhor lugar para filmar: tem litoral, tem montanha... Aqui tenho a liberdade de filmar de forma alternativa."

Filmagens
A ida ao local das filmagens já dava o tom de um filme de horror. Até chegar ao sítio onde a equipe do filme estava alojada, foi preciso passar por uma estrada íngreme, estreita, enlameada devido à chuva, e extremamente mal iluminada. Já na entrada da varanda da casa, o primeiro susto: um corpo, separado de uma cabeça ensanguentada, jogado ao chão. Era um boneco, claro, que em algum momento será usado no filme.

A varanda serve também como sala de maquiagem. Enquanto acontecem as entrevistas, um dos atores tem a barriga recoberta por um material que simula tripas expostas. Outro ator passou cerca de duas horas sendo maquiado para se transformar no Velho do Saco, um dos personagens da trama.

Os preparativos são para uma cena que só começaria por volta das 22 horas, em um sopé de um dos vários morros do local. As árvores no lugar dão trabalho à equipe técnica para a montagem do cenário, até que, à meia-noite, a sequência envolvendo o Velho do Saco e outros personagens começa a ser rodada; as filmagens terminaram por volta das 5h30 da manhã seguinte.

Um dos atrativos do filme é o figurino do chupa-cabras, que levou dois meses para ser fabricado e três horas para ser vestido pelo ator Walderrama dos Santos, que também trabalhou em "Mangue Negro". Segundo o diretor, trata-se de um feito inédito em uma produção de horror nacional. "Nenhuma produção mostrou o visual do monstro, que é típico do imaginário latino-americano", afirma Aragão.

Com um cronograma apertadíssimo, o filme está sendo realizado em três etapas. A primeira teve a maior parte filmada em Jabuti e a segunda em Perocão. A terceira deve começar no final de julho, em Matilde.

A expectativa é de que o filme esteja pronto no início de 2011, com cerca de 1h45 de duração, para então ser lançado em julho do ano que vem, provavelmente na abertura do Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre (Fantaspoa). Mas antes o diretor promete uma pré-estreia em Guarapari.

Elenco conta com atores experientes
Rodrigo Aragão faz questão de exaltar o ambiente de colaboração nas filmagens. "A beleza é reunir a equipe de ?Mangue? e pessoas de outras partes do país em torno deste projeto: São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e, é claro, Espírito Santo." Ele se refere aos colegas de Guarapari, Vila Velha e Vitória, que também trabalharam com ele no filme anterior, mais três nomes bem conhecidos em suas respectivas regiões por conta de suas atividades, seja como diretor, produtor ou ator, na área de cinema fantástico: Joel Caetano (SP), Peter Baiestorf (SC) e Cristian Verardi (RS). Os três foram parar no filme a convite do diretor.

Zé do Caixão é uma das inspirações do diretor
O diretor Rodrigo Aragão já era reconhecido como um dos maiores maquiadores (de trabalhos no maior estilo de filmes de terror) do Brasil quando iniciou sua incursão pelo mundo do cinema. Ele é fã de filmes de terror da década de 80, como "A Volta dos Mortos Vivos", de Dan O?Bannon, e tem como grande incentivador José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Pode-se dizer, aliás, que o estilo de trabalho de Mojica é uma das inspirações de Aragão: "Nossa ideia é fazer cinema autossustentável, no país, de baixo orçamento."

Ele primeiramente realizou a peça itinerante de horror "Mausoléu", que durou de 2000 a 2003, e depois dirigiu os curtas "Chupa Cabras" (2004), "Peixe Podre" (2005) e "Peixe Podre II" (2006), até dar um passo maior ao realizar "Mangue Negro" (2008).

Esta última obra percorreu festivais do Brasil e de outros países, tornou o diretor bastante conhecido do público fiel ao gênero de horror e aumentou a responsabilidade para a realização deste segundo longa. "Mangue colocou o Espírito Santo no mapa do cinema fantástico. Teve um retorno grande no exterior, foi um hit na China", destaca Aragão.



FONTE: http://www2.gazetaonline.com.br/index.php?id=%2Flocal%2Fa_gazeta%2Fmateria.php&cd_matia=647670

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