domingo, 14 de novembro de 2010

"MINHA ESPOSA É UM ZUMBI" É CITADO COMO UM DOS 5 FILMES MAIS IMPORTANTES PARA ENTENDER O TRASH NACIONAL

O filme "Minha Esposa é um Zumbi (2006)" da RZP foi citado como um dos 5 mais importantes para entender o cenário trash nacional!

É um prazer saber que um filme feito com a intenção de se explorar a temática e estética trash ao máximo (tentamos fazer o pior filme possível) se tornou referência do gênero!

Quem ainda não viu "Minha Esposa é um Zumbi" é só dar play e se deliciar com essa pérola do terror trash nacional!


Minha Esposa é um Zumbi - My Wife is a Zombie

Recurso Zero Producões | Myspace Video


Agora vejam a matéria:


Ataque periférico
Quando se fala em cinema trash no Brasil, o primeiro nome que vem à cabeça é o de José Mojica Marins, criador do famoso personagem Zé do Caixão
| LUÍS GUSTAVO MELO - Estagiário
Foto: reprodução
A Gazeta mostra algumas das peculiaridades desse cinema
Nada como uma verba reduzida para incentivar a criatividade e imprimir punch a uma produção cinematográfica. Divertidos e despojados, os filmes de baixo orçamento sempre contornaram problemas como a precariedade técnica e a falta de recursos na base do improviso, lançando mão de soluções narrativas inusitadas com muita, mais muita inventividade. Os chamados filmes B surgiram em Hollywood em meados de 1930, no período da Grande Depressão. A princípio, essas fitas produzidas a um custo mínimo eram feitas para servir como bônus em sessões duplas – daí o nome.

No entanto, os mais interessantes e icônicos exemplares desse segmento surgiram à margem dos grandes estúdios de Hollywood, em meados da década de 50, em filmes de terror e ficção científica como o clássico Plan 9 From Outer Space (1956) – um monumento do humor involuntário idealizado, escrito e dirigido por Edward D. Wood Jr. (1924-1978), um inepto e apaixonado cineasta que costumava se equiparar a Orson Welles.

‘Cinema de bordas’, uma terminologia
Doutora em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da USP e criadora do termo ‘cinema de bordas’ – usado para identificar um tipo de cinema que se desenvolve às margens da produção cinematográfica institucionalizada –, a pesquisadora Bernadette Lyra analisa o tema apontando os traços mais significativos
dessas produções de baixo orçamento: a espontaneidade e a despretensão.

“Existe muita confusão em torno do termo trash. Na verdade trash diz respeito a uma estética, às vezes, propositalmente ‘suja’. Nem sempre os filmes de baixo orçamento são produzidos para atender esteticamente esse perfil. Mas os realizadores de bordas não se incomodam quando seus filmes recebem tal denominação. Se há uma estética dominante nas produções de bordas é que todas elas, embora sejam particulares e diferentes, têm como característica comum o uso feito em segunda mão dos gêneros cinematográficos”, observa Bernadette Lyra, em entrevista por e-mail à Gazeta.

De um jeito ou de outro, a produção continua

Para que se entenda melhor esse cenário, é preciso ressaltar que o surgimento de ferramentas como o YouTube, somado ao barateamento das câmeras digitais, aceleraram, e muito, o processo de democratização da produção audiovisual. Porém, o fato desses realizadores periféricos lidarem com gêneros ‘estrangeiros’ num país em que a instituição cinematográfica oficial foi construída por uma elite intelectualizada – que renegava qualquer influência hollywoodiana – levou a uma situação perversa: não foi senão com desprezo que os eruditos acolheram essa expressão.

É o que pensa Enderson Nobre: “Criou-se um mito de que tudo que é popular é baixa cultura. O Brasil tem mania de fazer cinema com sociologia – isso não sou eu que estou dizendo, visto que quem procura sair desse paradigma é vítima de preconceitos e acusações por parte da própria classe de realizadores. Aqui em Alagoas a coisa não é diferente: existe uma tendência no estado de restringir o cinema ao documentário.

Mas o cinema alagoano não se restringe apenas a esse olhar. Tem gente fazendo cinema ficcional aqui, que geralmente não é visto com bons olhos por parte da crítica e do meio”.

UM TOP 5 DEMOLIDOR

Cinco filmes para você entender o cinema trash nacional

ENTREI EM PÂNICO AO SABER O QUE VOCÊS FIZERAM NA SEXTA-FEIRA 13 DO VERÃO PASSADO
Direção: Felipe M. Guerra
Ano de produção: 2001
Duração: 83 min.
Sinopse: a cidade de Carlos Barbosa está em pânico. Um assassino mascarado está fazendo vítimas. Ninguém está livre de seus ataques violentos, principalmente um grupo de jovens que decide fazer uma festa regada a muita bebida e música... O filme é uma sátira/homenagem aos filmes de horror adolescentes dos anos 90 que, por sua vez, resgatavam um subgênero do horror muito popular nos anos 80: o slasher, caracterizado pela presença de psicopatas que matam adolescentes em série.

MAMILOS EM CHAMAS
Direção: Gurcius Gewdner
Ano de produção: 2008
Duração: 60 min.
Sinopse: a saga do homem que trocou o ritmo alucinante da noite pela alegria do amor. Poderá este homem aceitar o passado negro de sua amada e ajudá-la a recuperar seu pobre filho das mãos de malignos malfeitores?

ZOMBIO
Direção: Petter Baierstorf
Ano de produção: 1999
Duração: 45 min.
Sinopse: um casal a fim de diversão chega a uma ilha paradisíaca e logo descobre que o lugar não é tão deserto quanto imaginava. Hordas de mortos-vivos sedentos de sangue, liderados por uma bela sacerdotisa, partem para cima dos namorados, que empreendem uma fuga desesperada mata adentro.

MINHA ESPOSA É UM ZUMBI
Direção: Joel Caetano
Ano de produção: 2006
Duração: 24 min.
Sinopse: determinado a revigorar seu desempenho sexual, o faxineiro de um laboratório rouba poção inventada por cientista. Inadvertidamente, sua esposa ingere a tal bebida, que produz um terrível efeito colateral.

CANIBAIS & SOLIDÃO
Direção: Felipe M. Guerra
Ano de produção: 2006
Duração: 100 min.
Sinopse: ainda virgem aos 18 anos, Rodrigo passa suas noites entre ‘canibais e solidão’: vendo sangrentos filmes de canibalismo e sonhando com um grande amor. Aliado aos seus amigos Eliseu e Marcelo, ele busca os conselhos de um rapaz mais experiente em pegar garotas. Será que vai dar certo?

FONTE: http://gazetaweb.globo.com/v2/gazetadealagoas/texto_completo.php?cod=173085&ass=8&data=2010-10-30

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