quinta-feira, 30 de julho de 2015

ÓTIMA CRÍTICA DE JUDAS NO CINEQUANON

Excelente crítica de Cid Nader no Cinequanon sobre a exibição de JUDAS no CINE OP, ficamos muito  felizes com essa impressão sobre trabalho da RZP FILMES!!! 


Segue o texto na íntegra:
"Simples, direto, com um certo descuidar das imagens – talvez uma opção do craque Joel Caetano – e até com a luz, interessa demais saber que há gente indo meio na contramão do que é mais comum em nossa extensa cinematografia curtista recente: que varia entre histórias comuns ao modelo folhetinesco de novelas, ou com muitas trabalhos em defesa (quase como bandeira) das causas homossexuais, ainda com parte tentando cinema de invenção (que sempre me parece grande opção para o formato), e muitíssimos outros surgindo do banco da escola (e até criando real percepção de modelos de ensino que cada uma adota). E estamos aqui, em Judas, diante de um autêntico filme de gênero: de um gênero que até tem ganhado espaço por aqui, mas que ainda é praticado por poucos – o bom, é que esses poucos normalmente têm oferecido trabalhos consistentes, de qualidade e muita imaginação.

Joel faz esse seu curta praticamente contando todo por imagens – mesmo que por vezes algumas opções apareçam na tela de maneira um tanto estranha, sob iluminações que não intensificam como deveriam alguns trechos... -, criando diversos momentos em que não se sabe ao certo que rumo a trama tomará, mas num enlaçamento de sequências que caminha de forma, digamos, linear, natural, sem elipses ou que tais. Usa a imagem sempre instigante e – bastante complexa quando a pensamos dentro do contexto da formação cristã – do Judas, no Sábado de Aleluia, passando pelo processo da costura de um por um garoto, para ir à violência da rua, e retornando a um drama que se instala dentro de alguns lares. Tudo muito bem, tudo muito bom, poderíamos estra diante de um curtinha sobre a vida na periferia e na pobreza.. Mas... Temos Joel Caetano na direção.
E o filme guina, e pende para onde em nenhum instante indicou iria. E faz isso da melhor maneira possível, com velozes takes editados e sincopados, alterando os quadros dentro de um único ambiente, e criando o clima que estava na cabeça do diretor (e dos que anseiam por trabalhos nesse campo do gênero) de maneira potente e esperta: sem frescuras, se posso usar tal termo. Para ainda, uma ultimíssima cena que pode fazer esquecer quaisquer senões tentados: aquela marca final que ficará como a maior na retina, na memória."

FONTE:http://www.cinequanon.art.br/grandeangular_detalhe.php?id=406

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